Oi pessoas!!
Esse negócio de ser mãe de menina é muito estressante!
Nessa época do ano em que no Rio de Janeiro o clima pode ser quente ou frio, a coisa mais estressante pra mim é separar as roupas do passeio de final de semana da Diana.
Pro filho e marido eu pego 3 de cada coisa e está muito bom. Não existe opção pra homem. É calça, bermuda, camisa e casaco. Só! Agora, pra princesinha querida de apenas 7 meses de vida... Pensando bem básico, temos:
Vestido
Body de alcinha
Body de manga
Body manga longa
Casaquinho
Bolerinho fino
Bolerinho grosso
Camiseta
Short
Saia
Calça jeans
Calça legging
Calça larguinha
Meia calça
Meia soquete
Macaquinho de alça
Macaquinho de manga
Sapatinhos, um pra cada "look"...
E é claro que eu devo estar esquecendo de algo.Isso porque eu sou extremamente básica e minha filha nem tem cabelo.
Fora as opções de estampas, cores, combinações...
Já repararam nas vitrines de loja de roupas infantis? A parte dedicada às roupas cor-de-rosa e frufrus ocupam 99,5% do espaço, enquanto as pobres mães de meninos têm que se contentar com um manequim (quando tem) vestindo um conjuntinho básico com sandália e umas bermudinhas dobradas no chão na frente dele. E bem lá no cantinho...
Quem me conhece sabe que de dondoca não tenho nada. Odeio me encher de pulseiras e coisas imitando pele de bicho. Uso no máximo um par de brincos grandes pra contrastar com meu cabelo. E quando fiquei grávida a segunda vez e descobri que o que eu carregava no ventre era uma menina, a primeira coisa que pensei foi: E agora? Que exemplo darei pra essa mulherzinha?
Realmente fiquei muito preocupada. Como iria explicar pra ela que a mamãe dela é mulher, mas que não tem muita afeição por coisas de cor rosa com babados?
Na viajem que fizemos pra comprar seu enxoval eu fiz uma força descomunal pra escolher itens bem femininos, com babadinhos, brilhos, rosinhas... Mas creio que fui bem na missão.
E o mais louco é que a Diana ainda é um bebê (na época que escrevi este texto ela estava com 7 meses), mas já apresenta características de menininha delicada, princesinha e peruinha. Como assim? Já?
Já. Exemplos:
Eu comprei pra ela um sapato da Hello Kitty todo brilhoso, uma coisa de Diva. Ainda não cabe naquele pezinho (minúsculo), mas de vez em quando experimento nela. Quando coloco o sapatinho, seus olhos se acendem, e ela fica admirando, mesmo, aquela coisa brilhante e com detalhes rosa, como se fosse a coisa mais maravilhosa do universo!
Outro exemplo: Eu liguei a televisão com ela no colo e estava passando Peixonalta. Ela ficou olhando pra TV com a cara de bolacha dela de sempre. Mas quando eu mudei pra tal da Princesinha Sofia... Só faltou pular do meu colo! Que escândalo gente! A bicha chegou a gritar de tão eufórica!
Pensei: Logo eu, meu Deus?! Por que comigo? É castigo? O Senhor me deu a filha mais mulherzinha que pode?
Mas como a maternidade é um negócio que nos modifica por completo, meus conceitos e gostos estão mudando. Hoje consigo olhar mais tempo para as vitrines de lojas super peruas, sinto vontade de comprar sapatinhos com flores de tecido aplicadas, e até já comprei um mini estoque de Barbies pra ela (rs).
O mundo dos carrinhos e super heróis está cedendo um pouco de espaço para o das bonecas fofas.
E todos os dias tento lembrar que minha filhotinha é bebê, mas já apresenta a delicadeza de uma mocinha e as brincadeiras não podem ser de gente doida como as do irmão (que é um completo ogro).
Dia após dia minha filha está me apresentando um mundo mais delicado, mais calmo e sereno, o que já não existia mais em mim desde criança, nas brincadeiras de boneca e comidinhas.
Agora é administrar esses dois extremos que tenho em casa. Saber lidar com a bela e a fera vai ser uma tarefa difícil, mas tenho fé que de que não será impossível.
Desejem-me sorte!! E paciência!!
A coisa mais frufru, mulherzinha e fresquinha que eu já pude comprar em toda a minha vida.
E isso vai ser só o começo...
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Beijão e fiquem com Deus.
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