Segundo filho: praticamente um autodidata.

OI PESSOAS!!


  Desde que meu filho mais velho nasceu eu procurei dedicar um tempo do dia para ficar só com ele, afim de estimular as habilidades que ele ia descobrindo, orientando nas brincadeiras, dando todo o suporte para seu desenvolvimento. Sempre lia os informativos que recebia mensalmente na minha caixa de entrada do e-mail (desde a época da gravidez), fazia consultas constantes ao livrão "A vida do bebê", para verificar a alimentação e outras informações, e forçava meu marido a ler também sobre cada etapa de crescimento do nosso primeiro rebento.

  Daí veio minha segunda filha. Me cadastrei novamente desde a gravidez para acompanhar novamente o passo-a-passo do desenvolvimento dela, até porque depois de quase 3 anos eu já havia me esquecido de muita coisa. Mas quem disse que eu li algum e-mail? Até li, mas bem mais ou menos... E o livrão está la na prateleira, onde dou uma olhada rápida e nunca consigo terminar de ler o assunto do qual queria me informar porque os dois começaram uma luta por causa de uma pecinha de LEGO.

  Eu sou a segunda filha dos meus pais, e tenho lembrança de um monte de coisas que eu fazia e que meu irmão, mesmo sendo o mais velho, não sabia. Exemplos: Soltar pipa, jogar bola de gude, chupar laranja... Por quê? Porque o primeiro filho é sempre o mais mimado. 

  Mas isso é natural, pois os pais tiveram mais tempo para se dedicar somente à ele. Em média, a diferença entre os irmãos costuma ser entre 1 ano e meio e 4 anos. Tempo suficiente para deixar o primogênito cheio de frescuras. E quando o segundo filho vem, a atenção inevitavelmente se divide, e cabe ao mais novo aprender a se virar desde sempre, já que a dedicação exclusiva nunca irá existir na sua vida.

  Trazendo o assunto aqui pra casa. Tem dias que minha filha cisma que quer comer sozinha (atualmente ela tem 1 ano e meio de idade). Ela briga feio comigo, e faz questão de meter a mão na comida pra conseguir encher a colher e enfiar goela a baixo. Já o irmão de 4 anos quer mais é receber comidinha na boca, e quase morre se digo que ele vai comer sem ajuda. Mas isso deve acontecer porque ela vê o trabalho que é dar comida para o irmão, então deve querer me ajudar (rs).

  Sabe por que o filho mais novo é mais independente? Porque a gente não fica em cima da pobre criança, preocupada com seu desenvolvimento e segurança, comparando com o filho da fulana que já fala, anda, faz contas e já sabe ler. Ele simplesmente vive mais livre de cobranças, e isso é ótimo porque o torna mais atento ao que acontece ao seu redor, sem ninguém "enchendo o saco".

  E com relação aos "brinquedos seguros para a idade"? Para o filho mais novo isso não existe. Se eles realmente engolem ou não as micro-pecinhas de algum boneco(a) do mais velho, a gente só pode saber se for parar na fralda (isso quando se lembra de verificar), e brincar com coisas pontiagudas, ou possivelmente inflamáveis, asfixiantes e engasgáveis já não é mais uma preocupação tão primordial assim.

  O segundo filho tem também o exemplo do irmão mais velho, seja para peraltices ou coisas legais. 

  Exemplo de peraltice: Aqui em casa o meu mais velho é  magrelo, muito ágil, e adora saltar de qualquer altura que ele consiga subir. Já a minha mais nova parece uma "coisinha fofa e lenta", mas mesmo assim tenta incansavelmente fazer a mesma coisa que o irmão. É uma choradeira; ora porque não consegue subir, ora porque subiu e não sabe descer. Se fosse o Thor nessa idade em que ela está, eu ficaria de olho o tempo todo para que não se machucasse. Mas agora eu finjo que nem estou vendo, pois eu não vou privar o moleque de se divertir saltando das coisas porque a mais nova quer fazer igual.

  E o exemplo de coisas legais: A leitura e o afeto. Quando o mais velho começa a "ler" seus livros, a Diana logo senta ao lado e fica foleando também, toda compenetrada. E toda hora o Thor tem dado um abraço apertado nela e fala "eu amo minha irmã...", e logo depois ela vem e reproduz o gesto...

  Mas mesmo que o segundo filho tenha uma crianção mais "solta", nós nunca devemos esquecer de que ele também é uma esponjinha, e que também irá absorver tudo que fazermos. E sendo o irmão mais velho o meio mais próximo de aprendizado, cabe a nós tentarmos desde o início transmitir os valores certos. 

  Existem algumas coisas que exigem muita atenção em transmitir e ensinar ao primogênito, para que, com seu jeito, ele possa repassar para seus irmãos mais novos, e assim o reforço do vínculo se torna mais natural, pois a troca de experiência é a melhor forma de se começar uma relação de amizade verdadeira (na minha opinião). E tudo começa por nós, pais, avós, tios, padrinhos, babás e educadores. Nós somos os grandes responsáveis pelo bom amadurecimento destas cabecinhas, e o irmão mais novo observando e compreendendo isso terá muito mais facilidade de compreender que ele não está "largado" na criação, e sim envolto por todo um processo de educação e amor que aconteceu antes de sua chegada.



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Beijão e fiquem com Deus  


    

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