O preconceito vem dos adultos.

OI PESSOAS!!


  Outro dia meu filho trouxe uma atividade de casa sobre os jogos Parapan-Americanos. Daí comecei a pensar em como as professoras devem ficar com receio de explicar alguma coisa que possa ser mal interpretada por crianças tão pequenas, em plena fase de construção da personalidade e  dos valores.

  A forma como transmitimos as informações na primeira infância são definitivas, ou seja, para o resto da vida. Eu tenho uma lembrança muito viva da minha, e tenho certeza  de que a maneira como meus pais e família lidavam com as diferenças foram realmente muito importantes para minha opinião sobre preconceito e exclusão de pessoas até hoje.

  Nessas lembranças que tenho de quando pequena, eu não encarava alguém que fosse cadeirante ou portador de síndrome, por exemplo, como um ser inválido, ou qualquer outro tipo de coisa. E o mesmo com relação à cor de pele. As pessoas eram apenas diferentes por fora, como o gato preto e o malhado. E, sinceramente, creio que toda criança seja assim. O problema está em o quanto os adultos dão importância à situações que não precisam ter uma explicação filosófica ou sociológica.



  Quando li o enunciado do exercício para meu filho e mostrei as fotos dos atletas, ele simplesmente disse: "Olha mamãe, ele não tem um pedaço do braço. Ele ganhou medalha, né?", "Corrida de cadeira deve ser legal!", e questionou o porquê de uma atleta estar correndo de mãos dadas com um homem. Respondi que ela não enxergava e precisava de alguém pra ajudá-la a correr. Não fiz discurso, nem algum tipo de "preparação mental" para que ele não ficasse "impressionado com as imagens". Simplesmente deixei ele analisar e interpretar por ele mesmo. E se ele começasse a fazer um série de perguntas eu tentaria responder da forma mais simples possível, pois ele com certeza só iria querer uma resposta clara e óbvia sobre o assunto.

  A criança só tem curiosidade, nada mais. Somos nós quem criamos dificuldades nas coisas. Ao invés de mandar a criança parar de olhar para alguém que tenha vitiligo, pergunte se ela quer ir lá perguntar por que a pessoa tem a pele manchada, e se ela não quiser, explique da forma mais simples possível, sem precisar esconder que está fazendo isso. É horrível falar de alguém para uma criança tentando disfarçar. Assim ela vai é aprender a ser fofoqueira, nada mais. O preconceito está nos adultos.


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Beijão e fiquem com Deus.

Um comentário:

  1. Exato o preconceito não nasce com a criança mas com a sociedade que a rodeia.

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Comentários: