Muitas pessoas acham que uma mudança de escola, cidade, ou até país pode ser uma coisa muito traumatizante para a criança. Mas de pronto já digo: quem cria o trauma é o adulto, não ela.
Quem vai criar uma boa expectativa ou não sobre a nova situação na cabecinha delas serão os grandões que os cercam (parentes, professores, vizinhos, conhecidos...); e não tem essa de "falei brincando" porque os pequenos levam tudo ao pé da letra, ou seja, ainda não entendem o duplo sentido de certas coisas.
"Ah, então a gente deve mentir sobre o fato de que a criança pode nunca mais ver os antigos amiguinhos?"
Claro que não! Como sempre disse para meu marido, mentir dá muito trabalho, pois a gente tem que lembrar da verdade, da mentira, e de tomar cuidado pra não esquecer da versão mentirosa. Ou seja, roubada mentir para as crianças também.
O que, na minha opinião, se deve fazer, é falar sobre o que de bom e positivo elas irão encontrar no novo rumo das vidinhas delas; sobre as coisas diferentes, legais, as novas oportunidades, os novos conhecimentos... tudo o que deveríamos fazer em todos os momentos de nossas vidas; e sim, com a gente, pessoas maduras e adultas, também deveria ser isso. Responsáveis inseguros, insatisfeitos, negativos e infelizes passam tudo de ruim para seus filhos, mesmo não querendo, pois essa é a única forma que conseguem encarar tudo.
Na prática com meus filhos: A Diana ainda não tem a cabecinha preocupada com as coisas (e acho que ela sempre vai ser assim), mas já com o Thor, meu mais velho de 5 anos, que é um "Drama Prince/Lusitano ora pois", disse que de tempos em tempos os avós e os tios irão nos visitar, e que também visitaremos todos no Brasil de vez em quando, que brincaríamos muito na neve (dizem que neva em alguns pontos de Vancouver...), que ele estudaria em uma escola com crianças de vários lugares do mundo, que ele aprenderia várias línguas, que iríamos sempre para parques e lugares bacanas para nadar (Community Centres), que ele aprenderia sobre novos esportes...
Como uma criança não ficaria feliz com tantra coisa diferente pra conhecer, pra ver, pra aprender?! Mas só consegui deixá-lo feliz e empolgado com a "nova vida no Canadá" porque eu também estava com essa expectativa de coisas boas. Afinal, se fosse pra estar infeliz com a mudança, nem faria, né? Ainda mais sendo por escolha.
E assim devemos encarar os novos rumos que essa nossa vida nos proporciona minha gente! Positivamente! Pra crescer! Mudar para melhor! Seja ela uma mudança temporária ou efetiva, o negócio é abraçar e andar junto, sem medo, sem incerteza. OK?!
"Saúde e paz; o resto a gente corre atrás." (Falabella, Miguel)
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Beijão!!
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